Castelo Garcia D´Ávila, em Praia do Forte, era local de tortura de negros

Apesar do estado em ruínas, o castelo ainda impressiona pela beleza impactante da sua arquitetura secular.

Um dos principais pontos turísticos da Praia do Forte, no município de Mata de São João (Ba). Localizado a 70 km de Salvador. Apesar do estado em ruínas, o castelo ainda impressiona pela beleza impactante da sua arquitetura secular. Para muitos historiadores, a Casa/Castelo Garcia D’Ávila é considerado como a primeira grande edificação portuguesa no Brasil.

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Sua construção teve início em 1551, logo após a chegada de Tomé de Sousa. A majestosa construção foi concluída 73 anos depois, em 1624. Construída a pedido de Garcia D´Ávila, que chegou a ser considerado o maior latifundiário do mundo. D’Ávila, ao chegar à cidade, ganhou o importante cargo de Almoxarife da Coroa Real.

A parte mais antiga da Casa da Torre Garcia D’Ávila é a Capela de São Pedro de Rates. Que também foi construída por “escravos” trazidos de Guiné. E depois, passou a se chamar Capela de Todos os Santos. Inicialmente, o castelo era conhecido como Torre Singela de São Pedro. O belo prédio colonial em estilo manuelino.

Tinha a função de defesa do local contra os ataques dos índios, por terra, e dos corsários, pelo mar. A histórica mansão senhorial, em estilo arquitetônico medieval serviu de moradia para famílias ricas e escravocratas.

Atualmente, para muitos, o local é sinônimo de paraíso, pela beleza natural e arquitetônica. Para outros, um local que lembra sofrimento pelos negros escravizados, torturados brutalmente. Documentos encontrados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, revelam uma história assombrosa e desumana.

O Castelo servia como local de satisfação dos desejos sádicos (e impensáveis) de Garcia D’Avila. A Carta Capital (03/07/19), apresenta uma reportagem intitulada “Um sádico em terras baianas: a história da crueldade na Casa da Torre”.

Garcia D’ávila é considerado por muitos historiadores, como o maior torturador e sádico do Brasil. Os relatos que seguem abaixo (1,2,3 e 4) são do doutor em Antropologia e ativista dos direitos da população LGBT, Luiz Mott.

1 – Há relatos, que Garcia D’Ávila usava ventosas de algodão e fogo para introduzir nas partes íntimas das mulheres.

2 – O sádico também mandou açoitar, durante sete horas, um “escravo” , pelo fato de estar tocando um instrumento musical.

3 – Quando o homem escravizado (que tocava o instrumento) desmaiava, o próprio Garcia D’Ávila colocava limão com sal nos olhos do homem para que ele acordasse.

4 – Também introduziu um objeto no ânus de um senhor de 80 anos.
Uma triste e cruel realidade na história do nosso pais…

*Adson Brito é professor de História com formação em Psicologia e Filosofia. Texto reproduzido da página do Facebook Salvador Tem Muitas Histórias, mantida por ele.

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