Qual a verdadeira história do porão do Mercado Modelo?

O Mercado Modelo, localizado na Praça Cayru, no bairro do Comércio, é um dos mais importantes cartões postais da nossa cidade

Adson Brito*

Uma grande dúvida, aguça a curiosidade de baianos e turistas: o subsolo do Mercado Modelo, foi realmente um local para aprisionamento de “escravos”? A resposta no final do post.

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O Mercado Modelo, localizado na Praça Cayru, no bairro do Comércio, é um dos mais importantes cartões postais da nossa cidade. O antigo prédio datava do século XIX. Passou por uma reconstrução em 1861. O atual prédio data de 1912.

Desde então, sofreu cinco incêndios: 1917, 1922, 1943, 1969 e o último em 1984. O local funcionava como alfândega da cidade. O belo prédio amarelo possui características neoclássica. Possui mais de 200 lojinhas, onde baianos e turistas encontram lembrancinhas da Bahia. como berimbaus, balangandãs de prata, fitinhas do Bonfim, dentre tantas outras opções.

Acreditava-se que o porão era um local de abrigo de “escravos” ,que esperavam para serem comercializados. Por falta de documentação histórica, tal ideia vem caindo no descrédito, ao longo dos anos. Na verdade é uma lenda. Ou uma jogada de marketing para atrair turistas.

Quando o prédio foi reconstruído em 1861, já no ano de 1850 já havia a lei que proibia o tráfico de homens escravizados. Detalhe importante: o porão só foi “aberto” em 1971. Até há alguns anos, o Mercado Modelo abria aos visitantes a parte subterrânea do prédio. Era/é um local bonito que passou por reformas e ganhou “passarelas” de concreto.

A iluminação cênica realçava, ainda mais a beleza do local. Devido a dificuldade de circulação de ar e a falta de segurança no local, com a possibilidade de assaltos (ou algo pior), a visitação foi proibida.

*Adson Brito é professor de História com formação em Psicologia e Filosofia. Texto reproduzido da página do Facebook Salvador Tem Muitas Histórias, mantida por ele.

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